Técnicos discutem percursos da rede de atenção psicossocial para o Amazonas

Técnicos da área de Saúde Mental do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) e da Secretaria Municipal de Saúde de Barbacena, em Minas Gerais, estão reunidos em Manaus para participar da Oficina dos Percursos Formativos das Redes de Atenção Psicossocial no Amazonas. O evento teve início nesta segunda-feira (26), no Hotel Intercity, e segue até a sexta-feira (30).

Nesta segunda-feira pela manhã a programação de abertura contou com uma mesa redonda, durante a qual foram apresentadas as diretrizes das Redes de Atenção Psicossocial (Raps), com ênfase na reabilitação psicossocial. À tarde, a discussão teve como tema a utilização do técnico de referência como articulador da rede.

De terça a quinta-feira os técnicos farão visitas às unidades que compõem a rede de atenção psicossocial em Manaus, para conhecer a estrutura e o trabalho realizado nestas unidades. Na sexta-feira, voltam a se reunir no Hotel Intercity, para discutir as diretrizes da Raps e o lugar estratégico da rede em formação, no contexto regional, e os percursos da Raps no Amazonas.

A gerente estadual da área técnica de Saúde Mental da Susam, Maria Lourdes Siqueira, explica que essa Oficina faz parte de um projeto de intercâmbio promovido pelo Ministério da Saúde, que teve início em 2013. A primeira etapa do projeto possibilitou a ida de 20 técnicos da área de atenção psicossocial de Manaus para um intercâmbio em Barbacena, onde passaram 30 dias, conhecendo o trabalho de reinserção psicossocial desenvolvido por aquele município. “Nossos profissionais, tanto da Susam, quanto da Semsa Manaus, foram para conhecer o trabalho e trazer esse conhecimento para aplicar aqui na construção e melhoria da rede de atenção psicossocial do Amazonas”, disse.

Dessa vez os técnicos de Barbacena vieram a Manaus para conhecer a realidade local, no que diz respeito à política de atenção psicossocial e também trazer um pouco da experiência vivida por eles para os que não puderam ir a Barbacena, completa Lourdes Siqueira.

Da equipe de Barbacena, estão em Manaus, a coordenadora de Saúde Mental, Flávia Siqueira, a gerente dos Serviços Residenciais Terapêuticos, Leandra Vidal, a coordenadora do Centro de Atenção Psicossoacial III, Regina Monteiro, e o apoiador da rede de atenção psicossocial, Miguel Júnior.

A coordenadora de Saúde Mental de Barbacena, Flávia Siqueira, explica que a cidade possui uma
conhecida história de tratamento com portadores de transtornos mentais e que foi uma das cidades pioneiras em traçar uma linha de cuidados para esses pacientes. “Em 1999 nós estávamos em pleno processo de reinserção dos nossos pacientes hospitalizados e inauguramos a primeira unidade de Serviço Residencial Terapêutico. Hoje, nós já avançamos um pouco mais e estamos trabalhando junto com o estado do Amazonas dividindo essa experiência e tentando achar os melhores caminhos para cuidar dessas pessoas”, afirmou.

Ela explica que o objetivo da visita à Manaus é conhecer a realidade, o contexto onde vivem os pacientes, o que há de outros serviços complementares, para ao final do encontro formular a proposta de uma linha de cuidados para os portadores de transtorno mental.

O Estado do Amazonas já possui uma rede estruturada de atendimento psicossocial. Na capital, a rede é formada por quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps), oito unidades do Serviço Residencial Terapêutico (SRT), cinco Policlínicas, um Centro de Reabilitação em Dependência Química e o Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, que está em processo de desativação, conforme orienta a Lei 10.216, da reforma psiquiátrica no Brasil. No interior há 23 Centros de Atenção Psicossocial (Caps).


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