Susam inicia calendário de atendimento das crianças cadastradas no programa de proteção contra doenç
A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) inicia nesta semana as atividades do calendário anual programa de proteção contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Executado com o apoio do Ministério da Saúde e parceria das secretarias municipais de saúde, o programa é voltado para o atendimento dos bebês prematuros de alto risco e de crianças até 2 anos de idade, portadoras de doenças congênitas do coração ou da doença pulmonar crônica (DPC), que precisam receber o Palivizumabe, medicamento biológico de alto custo, recomendado para a prevenção das infecções causadas pelo VCR.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, neste ano ao menos 120 crianças, da capital e do interior, cadastradas no programa, devem iniciar o esquema da medicação, que é composto de até 5 doses a serem aplicadas, conforme o caso, até o mês de junho. No ano passado, 198 bebês foram atendidos pelo programa.
O atendimento das crianças acontecerá em três unidades de saúde da rede estadual e uma da Prefeitura, em dias específicos. Na Maternidade Ana Braga, o atendimento acorrerá às quartas-feiras, semanalmente, a partir deste dia 13 de janeiro, no horário da manhã. No Instituto da Mulher Dona Lindu, o atendimento começa na quinta-feira (15); na Maternidade Moura Tapajoz (da Prefeitura), no dia 18; e na Maternidade Balbina Mestrinho, no dia 20. Nestas três últimas, o atendimento será realizado quinzenalmente, sempre no horário da manhã.
A neonatologista Tatiana Carranza, que coordena o programa, explica que foi disponibilizado um número de telefone (que pode ser acessado também com o aplicativo Whatsapp) para que as mães possam obter informações sobre os locais, dias e horários de atendimentos dos bebês cadastrados. Também estamos fazendo um trabalho de busca ativa, ligando ou mandando mensagem para as famílias para lembrar sobre a necessidade de levar a criança para receber o medicamento, disse ela. O número do telefone é 98440-3773.
A coordenadora salienta que, no processo de cadastramento das crianças que receberão o Palivizumabe neste ciclo, além da rede de maternidades, unidades como a Fundação Hospital Francisca Mendes, o Hospital Dr. Fajardo e o Instituto da Criança do Amazonas (Icam) deram um importante apoio triando e encaminhando informações sobre os bebês atendidos em seus serviços e que têm indicação para receber o imunobiológico. É um trabalho conjunto que nos permite ter uma cobertura mais ampla da ação, afirma Tatiana.
A Secretaria Adjunta de Atenção Especializada do Interior também já expediu orientações às Prefeituras do interior e respectivas secretarias de saúde, para que dêem o suporte necessário para que as crianças do interior, cadastradas no programa, possam vir a Manaus receber a medicação.
Cuidados Este período do ano, com a chegada das chuvas, é considerado o de maior incidência das infecções respiratórias. A médica Tatiana Carranza explica que, de um modo geral, até os 3 anos de idade 100% das crianças terão entrado em contato o vírus sincicial respiratório. Mas, no caso das crianças prematuras, cardiopatas ou portadoras de doença pulmonar crônica, o risco de o contato com o vírus provocar infecções respiratórias mais graves é muito elevado. Nas crianças saudáveis, normalmente as infecções são mais brandas, ressaltou.
A médica reforça que o período também exige cuidados redobrados com as crianças (mesmo aquelas que estão saudáveis). É preciso mantê-las bem nutridas e hidratadas. Evitar levá-las a locais fechados, com aglomeração de pessoas, como cinemas, shoppings, templos. Essa recomendação deve ser seguida à risca principalmente com crianças menores de um ano. As visitas aos recém-nascidos também devem ser restritas, diz Tatiana. Na rotina, é preciso manter o cuidado com a higiene, principalmente das mãos, pois o vírus sincicial respiratório sobrevive por seis horas em superfícies sólidas. Os cuidados com as mãos devem ser observados pelos adultos e crianças. Sabonete líquido e álcool gel são aliados dessas medidas. Importante também ensinar as crianças que, ao espirrar ou tossir, não devem cobrir o nariz ou a boca com as mãos. O melhor é usar o antebraço ou a manga da camiseta. Isso evita que as mãos fiquem contaminadas e a pessoa transmita o vírus ao tocar outras pessoas ou superfícies.