Susam lança selo para estimular maternidades a zerar casos de transmissão vertical do HIV

A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) realizou nesta segunda-feira (30), a solenidade de abertura da campanha #boratestar, alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de Dezembro). O evento aconteceu no auditório da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), que é uma das principais referências da rede estadual de Saúde para o diagnóstico e tratamento de pessoas com HIV e está à frente da organização das atividades da campanha. Durante a solenidade, o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, fez o lançamento do Selo Maternidade Sem Transmissão Vertical, uma iniciativa que pretende estimular as maternidades públicas do Estado a zerarem as notificações de transmissão do vírus HIV da mãe para o bebê. Na mesma ocasião, foi lançado o Boletim Epidemiológico de Aids e Sífilis 2015. O documento foi produzido pela Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, que atua vinculada à FMT.

Participaram da solenidade, além do secretário, a diretora-adjunta do Departamento Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a diretora-presidente da FMT-HVD, Graça Alecrim, e representantes de Organizações Não Governamentais que atuam voltadas para a causa.

Pedro Elias explica que o lançamento do selo – cujo slogan é Viver Sem HIV – é mais uma das medidas que vêm sendo implementadas pelo Governo do Estado com o objetivo de reduzir a taxa de detecção de Aids no Amazonas. “Temos intensificado, com o apoio do Ministério da Saúde e em parceria com os municípios – que são os principais responsáveis pelas ações preventivas –, as medidas de enfrentamento da Aids, com ênfase, por exemplo, no público jovem, segmento em que tem-se verificado o aumento dos casos de HIV positivo. Mas a taxa de transmissão do vírus durante o parto é algo que exige também um programa mais arrojado e efetivo, para proteger as crianças e evitar que elas nasçam infectadas”, disse o secretário.

Pedro Elias acrescentou que este movimento – com ênfase na prevenção da transmissão vertical do HIV – passa, primeiramente, pela qualidade do pré-natal, que é de responsabilidade da Atenção Básica, e onde as grávidas precisam ser monitoradas, com a realização dos exames indicados para o diagnóstico da doença. “Mas entendemos que este cuidado precisa estar presente, também, de forma muito efetiva no atendimento das maternidades e – no caso da maioria dos municípios do interior do nosso Estado – nos hospitais que realizam parto. Este selo será, na verdade, mais uma ferramenta pela busca da qualificação e excelência desse atendimento”, disse o secretário.

Representando o Ministério da Saúde na solenidade, a diretora-adjunta do Departamento Nacional de DST/Aids, Adele Benzaken, destacou que a iniciativa de criação do selo é inédita no País e que sua intenção é adotar a ideia nacionalmente, para que seja implementada nos outros Estados. “A implantação do selo no Amazonas foi uma decisão muito importante e que, certamente, irá se refletir na redução da transmissão vertical do HIV”, afirmou Benzaken.

A coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Silvana Lima, explica que, para obter o selo, a maternidade ou hospital deverá cumprir os critérios estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas preconizado pelo Ministério da Saúde para a profilaxia da transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais. “A proposta é que, com o apoio da Coordenação de DST/Aids, as unidades passem por um processo de preparativos e adequações visando à habilitação ao selo, num modelo de trabalho parecido ao que adotam para se credenciarem como Hospital Amigo da Criança. É um processo que exige o envolvimento e a capacitação de toda a equipe profissional, em torno do objetivo estimulado pelo selo”, disse Silvana Lima.

De acordo com Silvana, como parte dos esforços para prevenir a transmissão do HIV durante o parto, todos os municípios do Estado já receberam os kits maternidade (compostos pelos medicamentos antirretrovirais e a fórmula láctea infantil), para serem usados nos casos de grávidas HIV positivo.

Programação – As ações alusivas ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids organizadas pela Coordenação Estadual, na capital, tiveram início no último dia 28, com uma grande ação de atendimento realizada na Ponta Negra, e se estenderão até sexta-feira (4). No interior do Estado, a programação seguirá calendário e atividades independentes, organizadas pelas coordenações municipais de DST/Aids. “Para a realização da campanha na capital e no interior foram produzidos e disponibilizados 3.000 camisas; 150.000 folhetos informativos e 1000 cartazes. Também estão sendo disponibilizados 500.000 preservativos masculinos”, informou Silvana Lima.

Nesta terça-feira (1º), a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado estará com uma programação especial de atendimento, das 8h às 15h30. A diretora-presidente da FMT-HVD, Graça Alecrim, informa que, neste horário, haverá testagem rápida para o HIV e exibição de vídeos educativos na área do ambulatório da unidade.

Na quarta, quinta e sexta-feira (dias 2, 3 e 4), segundo ela, a Unidade Móvel Itinerante da FMT estará posicionada no centro da cidade (em frente ao Colégio Militar) para realização de testagem para o HIV. Nos dois primeiros dias, o atendimento será das 9h às 16h. Na sexta-feira, das 9h às 12h.

Indicadores – De janeiro a outubro deste ano, já foram notificados 1.025 novos casos de Aids no Amazonas. Em 2014, neste mesmo período, foram 1.644 casos. De 1986 a outubro de 2014, o Amazonas registrou 13.534 casos doença.


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