Susam promove encontro da Rede de Atenção Psicossocial em Manaus

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) está realizando, nesta quinta e sexta-feira (16 e 17), o Encontro da Rede de Atenção Psicossocial de Manaus. O objetivo do evento é reunir trabalhadores da área de saúde mental para dar continuidade ao trabalho de construção e implementação coletiva da rede de atenção psicossocial e reafirmar o compromisso que cada profissional tem com a qualidade do serviço ofertado.

A coordenadora estadual de saúde mental, Maria de Lourdes Siqueira, explica que o evento faz parte de uma programação iniciada em 2014, através de uma parceria entre a Susam, Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Barbacena (MG), que viabilizou a ida de profissional do Amazonas para conhecer a rede em Minas Gerais e também a vinda de profissionais de lá para Manaus, para conhecer o trabalho realizado aqui.

Na manhã desta quinta-feira o foco das apresentações foram os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Foram apresentados os modelos em funcionamento em Manaus e o perfil dos pacientes atendidos nessas unidades. “Na primeira parte da programação nós decidimos discutir as particularidade de cada centro de atenção psicossocial para que todos os profissionais da rede possam entender o funcionamento específico de cada unidade e assim poder encaminhar melhor o caminhar do paciente dentro dessa rede”, explica Lourdes Siqueira.

Na parte da tarde o foco foi a atenção hospitalar e os ambulatórios em saúde mental, onde foram apresentados temas como a desativação do Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, a criação de leitos de saúde mental em hospital e o perfil dos paciente que serão atendidos nesse novo serviço. Também foi discutido o que é o ambulatório de saúde mental e o perfil dos pacientes acompanhados nessas unidades.

Na sexta-feira a temática a ser discutida é a atenção básica, focando na co-responsabilização do cuidado em saúde mental e uso das tecnologias leves no cuidado em saúde mental. “Nós chamamos de tecnologias leves, as ações que não dependem de grandes aparatos e que são extremamente benéficas para o paciente portador de transtorno mental, entre elas estão as rodas de conversa, a escuta, os grupos de apoio. Os profissionais precisam aprender a valorizar essas tecnologias e trabalhar com elas”, explica Lourdes Siqueira.

Na parte da tarde os participantes do evento serão divididos em dois grupos e elaborarão uma proposta de trabalho para integração entre os serviços. “Esses serviços todos precisam trabalhar cada vez mais de forma integrada para que possamos realmente ter uma rede de atenção psicossocial estruturada e funcionando”, declara a coordenadora.

Estão participando da oficina profissionais trabalhadores da rede de atenção psicossocial do estado e município, entre eles médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, gestores, entre outros.