Susam fecha dados da vacinação contra pólio no interior e anuncia a superação da meta global

A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) fechou, nesta sexta-feira (11), o balanço da Campanha de Vacinação contra Poliomielite, incluindo todos os municípios do interior. De acordo com os dados da Gerência Estadual de Imunização do órgão, o Amazonas aplicou a dose de reforço contra a paralisia infantil em 333.628 crianças de seis meses a menores 5 anos, atingindo 96,12% do público-alvo, superando a meta de 95%, estipulada pelo Ministério da Saúde (MS).

“Ultrapassamos a meta global e isso também ocorreu, individualmente, em 10 dos nossos municípios, que alcançaram mais de 100% e cobertura vacinal e que faço questão citar: Anamã, Atalaia do Norte, Borba, Careiro, Ipixuna, Itacoatiara, Manaus, Novo Airão, Santo Antônio do Içá e Tefé”, comemorou Pedro Elias. A meta foi alcançada ou superada por 40 municípios, 17 chegaram bem perto e apenas cinco registraram índices abaixo de 60%. A esses municípios, o secretário pede que redobrem os esforços para manter o calendário vacinal das crianças em dia. “A vacinação é uma responsabilidade das Prefeituras e deve ser encarada com a seriedade que o tema exige”, destacou Pedro Elias. A Susam, disse ele, fará um reconhecimento público aos municípios que alcançaram ou superaram a meta.

Todos os municípios do Amazonas receberam um estoque com 20% a mais do que o necessário de doses da vacina, para atender situações como as que ocorreram nas cidades que superaram a meta. “Em Atalaia do Norte, por exemplo, era esperado vacinar 1.341 crianças e foram imunizadas 1.448. Essa variação ocorre, porque o número inicial é passado pelo MS e, muitas vezes, sem contabilizar a população indígena da região, as crianças que nasceram em outros municípios e se mudaram com os pais ou que estão passeando em outras cidades”, explica o secretário.

Desde 1990, o Brasil não registra casos de Poliomielite. Em 1994, o País recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de área livre de circulação do polivírus selvagem no seu território, juntamente com os demais países das Américas. “Estamos há 26 anos livres desta importante doença, mas precisamos continuar integrando os esforços internacionais para mantê-la sob controle, pois há, ainda, países em que ela é endêmica, o que sempre representa um risco para os que estão livres da circulação do polivírus”, frisou Pedro Elias.