Profissionais de saúde indígena participam de curso sobre Hanseníase
Encerra na sexta-feira (26) o Curso Básico em Hanseníase para profissionais de saúde da área indígena. A capacitação, que começou na segunda-feira (22), reúne 70 profissionais de saúde de 15 municípios do Amazonas, incluindo Manaus.
O curso de capacitação é resultado de parceria entre a Fundação Alfredo da Matta (FUAM) e o Polo de Telemedicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), órgãos do Governo do Amazonas. Está sendo realizado no formado educação à distância, utilizando teleconferências e ferramentas virtuais para a execução das atividades.
Parte da turma está assistindo as aulas de forma presencial, na sede da Fundação Alfredo da Matta, e parte dos profissionais acompanha dos seus municípios, nas sedes locais da UEA. O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, explica que este é o primeiro treinamento que a FUAM realiza envolvendo diversas localidades de forma simultânea, comprovando a eficiência deste modelo.
Participam deste curso médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam nos DSEI Distrito Sanitário Especial Indígena dos municípios de Amaturá, Autazes, Benjamin Constant, Itacoatiara, Manicoré, Manaquiri, Manacapuru, Novo Airão, Nova Olinda do Norte, Nhamundá, Parintins, Rio Preto da Eva, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Tabatinga, além de Manaus.
Sobre o Curso – O Curso Básico em Hanseníase, na modalidade ensino à distância, é fruto do Projeto Telessaúde Aplicada ao Controle e Prevenção de Hanseníase nos Municípios do Estado do Amazonas, ação de Telessaúde na instituição.
Implantado este ano, em parceria com a UEA, Fundação Novartis e Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), o projeto tem como objetivo capacitar profissionais para implementação das ações de controle da hanseníase nos municípios do interior do Amazonas.
Durante as aulas são abordados temas que vão desde os conhecimentos básicos sobre a Hanseníase forma de transmissão, sintomas, tratamentos e efeitos adversos, passando pela prevenção da incapacidade física que a doença pode causar, o diagnóstico laboratorial, até a importância da vigilância epidemiológica e notificação correta dos casos. Além disso, aspectos sociais, serviços de enfermagem na Hanseníase também são destaques da programação.
O curso está dividido em dois momentos: o primeiro, com as aulas ministradas por instrutores via teleconferência, ao vivo, da sede da Fundação Alfredo da Matta para as salas de aula montadas nos municípios.
A segunda etapa, consiste num momento não presencial, via internet, no qual os profissionais têm acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), no site do Telessaúde Brasil Redes Núcleo Amazonas. No AVA, o aluno acessa uma espécie de sala de aula”virtual onde encontra material didático, propostas de atividades complementares, além de espaço para troca de informações com outros alunos e instrutores.
“Capacitar os profissionais de saúde que atuam nos municípios do interior em Hanseníase tem como objetivo principal a descentralização do diagnóstico e da triagem de dermatologia no interior e em comunidades ribeirinhas. Queremos fortalecer o programa de controle da doença”, afirma o diretor Técnico e médico da FUAM, Luiz Cláudio Dias.
Projeto Telessaúde na FUAM – O projeto Projeto Telessaúde Aplicada ao Controle e Prevenção de Hanseníase nos Municípios do Estado do Amazonas iniciou este ano na FUAM e envolveu investimentos de cerca de 170 mil dólares em equipamentos de alta definição (como máquinas fotográficas e webcams de alta resolução) e deslocamento de profissionais para implantação das primeiras turmas do curso, realizadas em abril deste ano, nos municípios de Lábrea e Parintins, recursos fomentados pela Fundação Novartis.
A Telessaúde é operacionalizada no Amazonas pela UEA e ganhou força na FUAM com a implementação do Ambulatório Virtual de Teledermatologia, antigo projeto da instituição, retomado efetivamente em 2012 e que oferece apoio ao diagnóstico na especialidade Dermatologia.