Paciente recupera movimentos perdidos após AVC com tratamento no Hospital Geraldo da Rocha
Poder volta a andar, receber alta médica e ter uma vida normal. Esse é o sonho da paciente Elizete da Silva Lima, que encontra-se em tratamento no Hospital Geral Geraldo da Rocha, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam). E ao que tudo indica em breve ela poderá realizar esse sonho.
Elizete tem 35 anos de idade e é portadora de diabetes e hipertensão arterial, e segundo seu irmão, Hansdonner Lima, fazia acompanhamento médico e controle das doenças normalmente, mas, uma gravidez inesperada, alterou seu quadro de saúde. “Ela começou a ter fortes dores de cabeça e aos setes meses de gravidez teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC), precisou passar por uma cesariana para retirada do bebê e foi levada direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Maternidade Balbina Mestrinho”, conta o irmão.
Após dois meses recebendo cuidados intensivos na Maternidade e já sem precisar mais desse tipo de cuidado, Elizete foi transferida para o Hospital Geral Geraldo da Rocha, na Colônia Antônio Aleixo. “Ela chegou aqui em estado de quase coma. Não falava, não se mexia, se alimentava por sonda, não esboçava nenhuma reação” relata a diretora do Geraldo da Rocha, Ana Maria Belota.
Na unidade, a paciente passou a receber o acompanhamento diário de um fisioterapeuta e uma fonoaudióloga do Centro de Reabilitação da Policlínica Antônio Aleixo. Os profissionais traçaram um plano de trabalho e exercícios específicos para a paciente cujos objetivos eram fazer com que ela voltasse a falar e se alimentar, reestabelecer os movimentos de braços e pernas, e voltar a andar. “Após sete dias de tratamento com a fonoaudióloga foi iniciado o processo de reintrodução de alimentos pastosos pela boca e ela reagiu muito bem”, conta Ana Belota.
A continuidade do tratamento apresentou novos resultados após dez dias, quando a paciente esboçou algumas palavras e respondeu positivamente a comando e estímulos dados pelos profissionais da unidade de saúde.
Após treze dias de acompanhamento no Geraldo da Rocha, foi realizado procedimento de retirada da traqueostomia, que consiste na abertura de um orifício na traqueia para colocação de uma cânula para a passagem de ar, permitindo que o paciente possa respirar. “Esse foi um grande avanço, pois vimos que ela estava reagindo muito bem, havia recuperado a capacidade de respirar pelo nariz e isso é um ótimo sinal”, explica Ana Belota.
Com 21 dias de tratamento, um novo avanço com o procedimento para retirada da sonda pela qual a paciente se alimentava e verificou-se que a mesma apresentava boa aceitação da dieta.
Visita especial
Diante da excelente evolução da paciente, a equipe de profissionais do Hospital Geraldo da Rocha resolveu fazer uma surpresa para Elizete e permitir a vista do bebê que havia nascido e ela não conhecia, porque saiu direto do centro cirúrgico para a UTI. “Nós combinamos tudo com a família dela e no final do mês de fevereiro trouxemos o bebê aqui para visitar a mãe. Foi muito emocionante. Ele ficou acomodado no colo dela e ela ficou quieta, dizendo que estava sentindo o cheiro dele e sentia vontade de chorar”, relata a diretora.
Elizete continua internada para dar prosseguimento ao tratamento com a equipe de enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição e psicologia, e nesse momento ainda não tem previsão de alta hospitalar. “Se ela continuar evoluindo assim, dentro de mais alguns meses receberá alta para continuar o tratamento em casa, com o suporte do Programa Melhor em Casa, da Susam”, finaliza Ana Belota.
Elizete ouve essas palavras e esboça um sorriso. Com algumas dificuldades ela pronuncia essas palavras: “Não vejo a hora de ir pra casa, poder ficar com o meu bebê, com meu outro filho, meus pais e irmãos”.