Ministério da Saúde libera Spinraza para tratamento de quatro pacientes com AME do Tipo1 no Amazonas

Quatro pacientes do Amazonas entraram no critério de elegibilidade do Ministério da Saúde (MS) para o tratamento com medicamento Nusinersen (Spinraza). O tratamento é o único no mundo para pacientes com Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença rara e degenerativa. O tratamento acaba de ser disponibilizado pelo MS para pacientes com o tipo 1 da doença.

No Estado, quatro pacientes portadores do tipo 1 preencheram os critérios de elegibilidade para inclusão no tratamento. Segundo o MS, a AME 5q tipo 1 tem início precoce, é a mais grave e também a mais comum, com 58% dos casos. O tipo da doença se manifesta até os seis meses de idade.

A Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) recebeu 16 frascos do Spinraza para o tratamento da AME 5q tipo 1, avaliados em R$ 2.804.407,52. Cada paciente, que preencheu o critério do MS, receberá quatro doses, que correspondem a um ano de tratamento da doença.

Critérios de elegibilidade – Entre os critérios clínicos para habilitação do tratamento estão os exames genéticos e clínicos que atestam a doença.

De acordo com o protocolo clínico estabelecido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), o paciente elegível deverá apresentar capacidade de nutrição e hidratação adequadas, medindo, pelo menos, o terceiro percentil de peso corporal para a idade, além de estar com as imunizações de rotina em dia.

Ação esperada do Spinraza – Sendo a doença sem cura, o medicamento interrompe a evolução da AME para quadros mais graves. Em vários estudos realizados, mais de metade das crianças que fizeram o tratamento com o Spinraza apresentaram progressos significativos em seu desenvolvimento.

A AME – É  uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, estes neurônios morrem e os pacientes vão perdendo o controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem, podendo, inclusive, morrerem. A doença é degenerativa e não tem cura.

Além do tipo 1, a AME apresenta outros dois tipos. Em relação aos tipos 2 e 3, o Ministério da Saúde recomenda contato com a Ouvidoria do SUS, pelo telefone 136 para maiores informações sobre disponibilidade de tratamento.

CONTATO: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam): (92 –  98407-1699). E-mail: comunicacao@saude.am.gov.br