Ministério da Saúde avalia grau de incapacidade física de pacientes com Hanseníase, tratados na Fuam
O Ministério da Saúde está realizando a avaliação de pacientes diagnosticados com Hanseníase, na Fundação Alfredo da Matta (Fuam), órgão da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), especializado no tratamento da doença. O trabalho da equipe, que está em Manaus no período de 26 de fevereiro a 02 de março, é reavaliar o grau de incapacidade física desses pacientes, diagnosticados nos anos de 2016 e 2017.
O Ministério da Saúde mudou os critérios de avaliação do grau de incapacidade, a partir de 2016. São critérios mais sensíveis, com incorporação do teste de força muscular, para definição do grau 1 de incapacidade. Os pacientes são classificados de acordo com o grau da incapacidade física – graus zero, I e II. Os testes de força muscular já são feitos na Fuam e agora seguirão os novos padrões na composição dos critérios de avaliação.
Durante a visita do Ministério da Saúde na Fuam, estão sendo avaliados 270 prontuários e 15 pacientes. Além da Fuam, a equipe da Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação, do Ministério da Saúde, também está indo à Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e mais duas unidades municipais.
Segundo o Ministério da Saúde, o percentual de casos novos de Hanseníase diagnosticados no Brasil com alguma incapacidade física vem aumentando discretamente nos últimos anos. Em 2016, 33% dos novos casos de Hanseníase foram diagnosticados com alguma incapacidade física (25,1% com grau 1 e 7,9% com grau 2).
A escolha dos municípios a serem visitados teve como critérios: aqueles que em 2016 tiveram pelo menos 75% dos casos novos de Hanseníase com algum grau de incapacidade no momento do diagnóstico; pelo menos 10% dos casos novos com grau 2 de incapacidade detectado no momento do diagnóstico; pelo menos 75% dos casos novos de Hanseníase com algum grau de incapacidade no momento em que recebeu alta médica (após término do tratamento da doença); além daqueles que apresentaram incremento de 15% no percentual de grau 1 de incapacidade física e que tiveram mais de 30 casos da doença no ano de 2017.
A avaliação acontece em três etapas: análise de prontuários de pacientes (2016 e 2017); avaliação de pacientes (aqueles com os tipos multibacilares e paucibacilares da doença e que iniciaram e concluíram tratamento até dois meses antes da visita); e análise dos dados dos pacientes no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
O objetivo é padronizar os critérios e procedimentos para análise do grau de incapacidade dos pacientes. Com o resultado, o Ministério da Saúde pretende fazer um diagnóstico das incapacidades, o que o auxiliará no sentido de ajustar a implementação das ações para melhorar a avaliação e o atendimento aos pacientes nos serviços de saúde no país.