Lar Rosa Blaya completa um ano de funcionamento
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) Lar Rosa Blaya, inaugurado pelo Governo do Estado para receber pacientes que viviam internados no antigo Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, completou um ano de funcionamento nesta quinta-feira (26). Para marcar a data, a direção da unidade organizou uma confraternização entre funcionários e pacientes, na área de convivência do lar.
O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, destacou a importância do SRT, no processo de estruturação da Rede de Atenção em Saúde Mental no Estado. “O Lar Rosa Blaya conferiu mais dignidade ao atendimento prestado a esses pacientes que, hoje, vivem numa estrutura mais adequada, com um modelo de atendimento que além da assistência médica, prevê a ressocialização dos pacientes, conforme o permitido por suas condições de saúde”, afirmou Alecrim.
Os SRTs são residências localizadas em espaço urbano, construídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, principalmente aquelas oriundas de internação psiquiátrica prolongada. O Lar Rosa Blaya fica localizado no bairro de Santa Etelvina, na zona Norte, e é formado por um conjunto de oito casas, cada uma delas projetada para abrigar cinco pacientes.
Todas as casas são dotadas de dois quartos, sala de estar/jantar, cozinha, banheiro e área de serviço e foram mobiliadas (com móveis e eletroeletrônicos) para proporcionar todo o conforto aos residentes. O complexo dispõe, ainda, de um espaço comum de convivência para os moradores, que inclui jardim, horta e “chapéu de palha”, para realização de atividades sociais ou psicoterapêuticas.
O suporte clínico, de caráter interdisciplinar, aos residentes do serviço é dado pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Silvério Tundis, que funciona anexo ao SRT. “Estamos muito felizes em comemorar esta data e buscando avançar com o modelo de atendimento prestado aos pacientes do Lar Rosa Blaya”, disse a diretora das duas unidades, Raimunda Pinheiro.
“A equipe de atendimento, que é composta também por cuidadores, tem trabalhado no sentido de dar mais autonomia aos pacientes, fazer com que eles se sintam realmente fazendo parte da área onde passaram a morar. Para aqueles que têm condições, organizamos idas aos mercadinhos da redondeza, para que façam pequenas compras, organizamos passeios, levamos para cortar o cabelo. Houve até participação em festa de carnaval no Centro de Convivência da Família, na Cidade Nova”, conta a diretora.
Na rotina de alguns pacientes – aqueles que não estão acamados – também está incluída a participação na escola do CAPS Silvério Tundis, onde, além de atividades como pintura e desenho, eles trabalham com conceitos da vida prática. “Treinam, por exemplo, como fazer compras ou dividir tarefas, coisas do dia a dia”, explica Raimunda. Segundo ela, dois dos moradores do Lar Rosa Blaya, que participaram no semestre passado das aulas do projeto Brasil Alfabetizado, conseguiram ser aprovados para frequentar as aulas do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), numa escola do bairro.