Governo do Estado disponibiliza vacina contra Hepatite A em agosto

O Governo do Estado passará a disponibilizar, em agosto, a vacina contra a Hepatite A, nos 61 municípios do Amazonas e também na capital. As primeiras 24 mil doses já chegaram ao Estado e estão em fase de distribuição. Poderão ser imunizadas crianças com idade entre 1 ano e 1 ano e 11 meses, a partir de uma dose única. Com ela, o calendário oficial da Coordenação Estadual de Imunização, vinculada à Fundação Vigilância e Saúde (FVS), passa a contar com 14 tipos de vacinas gratuitas disponíveis à população.

De acordo com o secretário de estado de saúde, Wilson Alecrim, as primeiras doses chegaram em julho e, mensalmente, novas remessas serão enviadas ao Amazonas para garantir a continuidade da vacinação. “Não há prazo para a imunização, mas é importante que os pais ou responsáveis se conscientizem da necessidade de vacinar seus filhos, garantindo que eles não contraiam a doença precocemente”, frisou.

A meta é que toda a população de 1 ano de idade ou menos de dois anos, que hoje soma 77,3 mil crianças no Estado, seja atingida nos meses seguintes à implantação da vacina. A coordenadora estadual de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Izabel Nascimento, explica que a vacina que previne a Hepatite A é feita em dose única. “Tomou uma vez, não precisa mais se preocupar”, garantiu.

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Conforme informações do Ministério da Saúde (MS), a Hepatite A é habitualmente benigna, pode raramente apresentar uma forma grave (aguda, e fulminante), mas se agravada, pode levar à morte (2 a 7% dos casos de IHA). As crianças menores de 13 anos foram responsáveis por 68,7% dos casos confirmados e constituem o grupo etário com as maiores taxas de incidência da doença.
A prevenção desta doença viral continua a ser a arma mais importante para seu controle, pois não existem medicamentos antivirais específicos contra a doença. Por este motivo o Programa Nacional de Imunização (PNI) introduziu a vacina no calendário este ano.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhões de casos de hepatite A em todo o mundo, sendo identificados casos esporadicamente e epidemias, com uma tendência para as recorrências cíclicas.

Ainda conforme o MS, a gravidade da doença é fortemente dependente da idade. Entre as crianças menores de cinco anos no momento da infecção, 80-95% das infecções VHA (vírus transmissor da Hepatite A) permanecem assintomáticos, enquanto que nos adultos, 70-95% das infecções resulta em doença clínica.

Para o Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que ocorram 130 casos novos/ano por 100 mil habitantes e que mais de 90% da população maior de 20 anos tenha tido exposição ao vírus e o país é considerado área de risco para a doença.

A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato interhumano ou por meio de água e alimentos contaminados. Contribui para a transmissão a estabilidade do vírus no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados. Aproximadamente 100% das pessoas desenvolvem níveis protetores de anticorpos contra o vírus no prazo de um mês após uma única dose da vacina. Não há nenhum tratamento específico para a hepatite A. A recuperação pode ser demorada e levar semanas ou meses. A terapia e baseada no equilíbrio nutricional adequado, incluindo reposição de líquidos eliminados na diarreia e vômito.


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