FVS descarta risco de epidemia por H1N1
O risco de uma epidemia de gripe causada pelo vírus A (H1N1), no Estado, foi descartado na manhã desta terça-feira (13) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM).
O diretor presidente FVS, infectologista Bernardino Albuquerque, afirma que todas as medidas para o monitoramento do vírus estão sendo adotadas pelo Governo do Amazonas e que nos dois primeiros meses deste ano foram registrados apenas três casos de Influenza A em todo o Estado.
“A morte de uma paciente de Borba, com diagnóstico confirmado da doença, é um caso isolado”, afirma o diretor. Equipe técnica da FVS esteve no município para realizar as ações convencionais de bloqueio e investigação epidemiológica do caso. Relatório apresentado pela equipe mostra que a situação no local está sob controle.
Segundo os técnicos, as pessoas que tiveram contato com a paciente infectada já ultrapassaram o período de incubação, e não apresentam mais o risco de manifestar a doença.
O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, destaca que desde 2009, quando foi introduzido no Brasil, o vírus H1N1 foi incluído no grupo de vírus com monitoramento permanente pelo Estado.
O trabalho é feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/AM), que examina amostras de sangue de pacientes atendidos em unidades sentinelas com sintomas de gripe ou com síndrome respiratória aguda grave. “O objetivo é identificar os tipos e a frequência dos diversos tipos de vírus em circulação e desencadear medidas específicas diante do risco apresentado”, explica o secretário.
Os resultados obtidos também são encaminhados ao Ministério da Saúde para que os vírus com maior circulação no Estado entrem na composição da vacina aplicada durante a campanha nacional, promovida anualmente.
Resultados recentes do Lacen apontam o vírus sincicial respiratório, responsável pela gripe comum, como o vírus predominante este ano no Amazonas. “Portanto, até o momento, não há motivo para pânico em relação ao H1N1”, afirma o secretário Wilson Alecrim.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus da influenza pandêmica (H1N1) circula no Brasil desde 2009 e é considerado um vírus de circulação sazonal (que se manifesta em períodos específicos) desde agosto de 2010. A OMS aponta a circulação do H1N1 em vários países e em todos os estados brasileiros.
“Por causa destas características, o risco de infecção por este vírus é igual ao dos demais tipos”, afirma o diretor presidente da FVS, Bernardino Albuquerque.
Prevenção – O diretor orienta a população a tomar medidas individuais de proteção, a maioria delas ligada à higiene pessoal. “Como a gripe é transmitida através do toque, da saliva e do contato com objetos contaminados, é muito importante que as mãos sejam sempre lavadas com água e sabão”.
Além disso, segundo o diretor, locais fechados e com aglomeração de pessoas devem ser evitados, e o ambiente doméstico deve permanecer limpo e arejado.
Diante dos sintomas da gripe – febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza – a unidade de saúde mais próxima deve ser procurada.
Em 2009, quando o vírus foi introduzido no Amazonas, foram registrados 260 casos de Influenza pelo H1N1, com 24 óbitos. Em 2010, foram 24 casos confirmados e oito mortes. Em 2011 não houve registro da doença.
Vacina – A campanha de vacinação contra gripe de 2012, que já inclui desde 2011 a proteção contra Influenza A H1N1 para grupos específicos da população, será realizada no mês de maio em todo o país.
No ano passado, o Amazonas ultrapassou a meta de vacinar 80% da população alvo, alcançando 1 milhão e 400 mil pessoas, 3% a mais que a meta estipulada. De acordo com a coordenadora de imunização do Estado, Izabel Nascimento, a campanha deste ano deve manter a prioridade para os grupos considerados de risco para complicações – crianças menores de 2 anos, idosos a partir de 60 anos, grávidas, portadores de doenças crônicas, indígenas e pessoas com obesidade mórbida.
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