FCecon intensifica procedimentos e aposta na humanização

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SUSAM), realizou, entre abril de 2013, e agosto deste ano, cerca de 450 videohisteroscopias, procedimento que visa analisar a camada interna do útero – desde o corpo até o colo -, para detectar , entre outras anormalidades, as lesões precursoras do câncer do endométrio.

A intensificação deste tipo de procedimento ambulatorial, veio acompanhada da humanização do Serviço de Videohisteroscopia da instituição, conforme preconiza o Ministério da Saúde (MS), explicou o diretor-presidente da unidade hospitalar, Edson de Oliveira Andrade.

De acordo com a ginecologista Mônica Bandeira, especialista que realiza este tipo de procedimento na FCecon, o exame pode detectar também a presença de miomas, lesões precursoras do câncer do endométrio ? membrana mucosa que reveste a cavidade uterina ? , lesões no corpo uterino, a presença de pólipos (carne crescida que leva ao sangramento uterino), espessamento do endométrio, além de malformações no órgão.
Ele é realizado com o auxílio de um histeroscópio, aparelho com uma micro-câmera na extremidade, que é introduzido no útero pelo canal vaginal, e a partir do qual, pode-se observar qual a situação interna do órgão. Em alguns casos, há a coleta de material, retirado com uma pinça fina, para ser remetido à análise patológica, a qual define se há ou não a presença de células malignas.

O procedimento é considerado simples e rápido e é realizado sem a utilização de anestesia, tendo como diferencial, os métodos informativos que o precede. “Antes de realizar o exame, reúno as pacientes do dia em uma sala e explico, através de uma palestra rápida, do que se trata o procedimento, para quê ele serve, o tempo de duração, além de seus benefícios. Colocamos também música ambiente para relaxar as pacientes e, assim, criamos um vínculo de confiança, onde elas se sentem mais seguras, afinal, é um exame um pouco incômodo, mas de curta duração: apenas dez minutos”, relatou a médica.

Mônica Bandeira explica que a videohisteroscopia é indicada, geralmente, a mulheres nas fases de pré e pós-menopausa, com idade entre 40 e 80 anos, na maioria das vezes. A indicação é feita por um ginecologista, após a realização de exame clínico e análise do histórico da paciente. “Na rede pública, o médico pode solicitar no posto de saúde este exame, em casos específicos. Vale ressaltar que ele contribui para a detecção do câncer do endométrio ainda na fase precoce, aumentando, assim, a possibilidade de cura”, destacou.

Também são indicadas a passar por este tipo de exame mulheres com sangramento uterino anormal, dificuldade em engravidar, que sofreram abortos repentinos e as que pretendem passar por uma inseminação artificial.

A especialista lembra que, no Brasil,o câncer do corpo uterino é o 2o tumor pélvico mais comum(6 a 8 casos/100.000 mulheres). De acordo com ela, ocorre principalmente após a menopausa e a idade média é 61 anos. Os principais fatores de risco são: terapia de reposição hormonal na menopausa; uso de Tamoxifeno (medicação utilizada para o tratamento do câncer de mama); obesidade,hipertensão arterial e diabetes concomitantes.


SES-AM
Visão geral de privacidade

Utilizamos cookies para permitir uma melhor experiência em nosso website e para nos ajudar a compreender quais informações são mais úteis e relevantes para você. Por isso é importante que você concorde com a política de uso de cookies da SES - Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas. Você pode encontrar mais informações sobre quais cookies estamos utilizando em configurações.