Atenção ao parto humanizado é tema de livro lançado nesta quinta-feira, com apoio da Susam

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) promovem nesta quinta-feira (13), às 14h, no auditório da Escola de Ciências da Saúde da UEA, o lançamento do livro “Atenção ao Nascimento Humanizado – baseado em evidências científicas”. Composta por três volumes, a obra foi organizada pelo ginecologista obstetra José Hugo Sabatino e publicada com o apoio da Susam. A solenidade de lançamento do livro contará com a presença do secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, e do reitor da UEA, Cleinaldo Costa.

Wilson Alecrim destacou que a Susam, como forma de disseminar informações que possam contribuir para a formação de profissionais da área de Saúde no Estado, tem apoiado a publicação de algumas obras. “É o caso dos manuais Rotinas em Obstetrícia e Rotinas em Ginecologia, publicações organizadas pela Associação Amazonense de Ginecologia e Obstetrícia, que foram lançados entre meados de 2013 e o início deste ano”, disse Alecrim.

Organizado em três volumes – denominados Paradigmas Educacionais, Paradigmas do Trabalho de Parto, e Paradigmas do Nascimento – o livro de Hugo Sabatino teve uma primeira versão em formato digital, em 2011. De acordo ele, a obra pretende oferecer aos profissionais da área da saúde e à comunidade em geral, informações sobre a atenção humanizada ao nascimento, defendendo o que considera os três pilares mais importantes da humanização: conhecimento e respeito aos processos fisiológicos da gestação, nascimento, puerpério e aleitamento materno; atenção ao casal de forma multiprofissional e multidisciplinar; e respeito aos costumes regionais e individuais (mitos e ritos) dos casais grávidos.

“Os temas selecionados fazem parte de uma nova e pretensiosa Obstetrícia, menos agressiva, mas nem por isso menos afetiva”, afirma Sabatino. Ele explica que alguns dos capítulos que compõem os três volumes de “Atenção ao Nascimento Humanizado” foram transcritos do livro “Parto Humanizado: formas alternativas”, lançado por ele em 1992. “Optamos por reproduzi-los, por considerar que não perderam a atualidade e podem fornecer excelentes informações, como é o caso dos capítulos escritos pelos professores Peter Dunn e Jarson Gardosi, da Inglaterra; Manuel Gallo e Pedro de La Fuente, da Espanha; e Paulo Cesar Giraldo, do Brasil”, afirma ele.
Para transmitir sua mensagem, Sabatino acercou-se, ainda, do trabalho de colaboradores como Moysés e Cláudio Paciornick; Galba Araujo; Adaiton Salvatore Meira, Maria Tereza Maldonado, Fernando Estelita Lins, Emerson Godoy Machado, dentre outros pesquisadores que dedicaram ou têm dedicado sua trajetória profissional a defender o que Sabatino chama de uma Obstetrícia menos tecnocrática.

Nos três volumes de “Atenção ao Nascimento Humanizado”, o leitor encontrará um rico trabalho de pesquisa que resgata, na História e na Antropologia, as formas de nascer; resultados de estudos sobre as posições maternas durante o trabalho de parto – notadamente o parto vertical (de cócoras); artigos sobre o papel das doulas e parteiras; e a reprodução de ricos debates de entre especialistas acerca de todos estes temas.

Referência – Hoje professor da Universidade do Estado do Amazonas e docente aposentado da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Hugo Sabatino – que nasceu em Mendoza, na Argentina, mas atua no Brasil desde a década de 1980 como médico, docente e pesquisador – é considerado uma referência quando o assunto é parto humanizado. Ele foi o principal idealizador da criação, em 1993, em Campinas, da Rede pela Humanização do Nascimento (ReHuNa), organização da sociedade civil que atua em todo o País, com o objetivo de divulgar a assistência e cuidados perinatais, com base em evidências científicas, dando ênfase ao protagonismo da mulher e a partir da compreensão do parto como um processo natural e fisiológico. Em 2010, durante a III Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, realizada em Brasília, Sabatino foi homenageado pelo Ministério da Saúde, com um diploma de reconhecimento por seu trabalho em prol da humanização do parto.


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