Coordenação Estadual de DST/Aids reforça orientação sobre vacina contra o HPV
A Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, que atua vinculada à Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), está reforçando a informação de que as mulheres na faixa etária de 9 a 26 anos, que vivem com o vírus da Aids, passaram a fazer parte do público-alvo da vacinação contra o HPV – o Papiloma Vírus Humano, que está associado à maioria dos casos de câncer de colo de útero.
A diretora presidente da FMT-HVD, Graça Alecrim, destaca que, embora o anúncio da extensão da vacina para este grupo prioritário tenha sido feito pelo Ministério da Saúde como parte da campanha anual contra o HPV, a vacina ficará disponível na rotina dos serviços de referência – Crie e SAEs – para o atendimento deste público.
“Não se trata apenas de uma campanha, mas de uma nova estratégia definida pelo Ministério para ampliar a proteção às mulheres que vivem com HIV. O recomendado é que cada menina ou jovem soropositiva, na faixa etária definida pelo Ministério, aproveite a sua consulta anual de acompanhamento, para solicitar a prescrição da vacina”, disse Graça Alecrim. Ela destaca que, no caso das soropositivas, a vacina somente será ministrada com o encaminhamento médico.
Para este grupo prioritário, a vacina estará disponível no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie) da FMT e nos Serviços de Atenção Especializada (SAEs) que, no caso da capital, funcionam em quatro Policlínicas da Prefeitura: José Antonio da Silva (no Monte das Oliveiras, zona Norte), Antonio Reis (no São Lázaro, zona Sul), Comte Telles (no São José, zona Leste) e Raimundo Franco de Sá (Nova Esperança, zona Oeste). “Nos municípios do interior do Estado onde não houver SAE, a mulher pode procurar uma Unidade Básica de Saúde para receber a vacina, sempre lembrando que é necessário a prescrição médica”, explicou a coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Silvana Lima.
A coordenadora ressalta que, para melhor orientar os profissionais de saúde sobre a nova estratégia de vacinação para as mulheres soropositivas, foi disponibilizada no site da FMT (www.fmt.am.gov.br) a nota de Recomendações Técnicas para a Vacina HPV. Para acessá-la, basta escolher o ícone Assistência Médica/Coordenação Estadual DST/Aids, que fica no lado esquerdo da página.
O esquema de vacinação é composto de três doses. A segunda e a terceira dose são aplicadas, respectivamente, dois e seis meses após a primeira. “Nesse aspecto, o esquema é diferente do adotado para as meninas de 9 a 13 anos não soropositivas, que recebem a segunda dose após seis meses da primeira e a última, 60 meses depois”, destacou Silvana.
Ao incluir as soropositivas como população prioritária no programa de imunização contra o HPV, o Ministério da Saúde considerou que as complicações decorrentes deste vírus ocorrem com mais freqüência em pacientes portadoras do HIV e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas, por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho, no momento do parto.